Monday, March 9, 2009

Alcalá de Henares

Caros amigos, noite de discoteca (local que eu odeio em Lisboa, Madrid ou na Conchina) seguido de um despertar temprano na manhã seguinte para um dia turístico nas afueras de Madrid é uma equação cujo resultado é, invariavelmente, faltar à primeira aula da manhã de segunda-feira porque o corpo, a mente e a alma se recusam a sair da cama (parental adviser: não mãe, faltar a uma aula não significa chumbar a todas as cadeiras e o ano no estrangeiro ser em vão).

Mas continuando a entrada no diário de bordo. Não vendo uma italiana com quem me dava bastante bem há uns meses, e mediante convite da mesma, fomos passear a Alcalá de Henares, cidade Património da Humanidade - estatuto este que me parece digno do reencontro erásmico. E como a Wikipedia já tem a informação sobre a cidade bastante bem elaborada, deixo-vos com alguns trechos de contextualização e sigo em seguida com a apreciação geral do local.


"El casco histórico de la ciudad de Alcalá de Henares y su universidad, fueron declarados Patrimonio de la Humanidad por la Unesco en 1998 en reconocimiento a su condición de primera ciudad universitaria planificada como tal que ha existido en el mundo y a su concepción de ciudad que proyectó el ideal humanista a América.

Casa natal de Miguel de Cervantes. Antigua casa del siglo XVI donde, según la tradición, nació el autor de El Quijote, Miguel de Cervantes en 1547. Su interior está ambientado con interesantes muebles de la época y una de las mejores colecciones de distintas ediciones de El Quijote."

Digam lá se eu não estou tão fofa a dar um beijinho ao D. Quixote?!

Pois é meus amigos, com descrição tão apelativa da cidade, tenho-vos a dizer que se Alcalá de Henares é Património da Humanidade (PH) então os humanos têm pouco sentido de real estate. Se o estatuto de PH implica a atribuição de fundos por parte da UNESCO para manter o lugar conservado, parece-me a mim que esses fundos não se podem limitar aos, praticamente, 2 metros quadrados de centro histórico, que diga-se, nem sequer estão, eles próprios, tão bem conservados assim.


Ter que se atravessar um pueblo feio, sujo e escuro para chegar à parte do imobiliário planetário que, pelo visto, aludindo a minha condição humana (e não que me encante esse facto) também me pertence, parece-me um pouco anti-climax. A chegada à estação de comboios causa, só por si, uma tamanha reacção de “onde é que eu me vim meter e como raio a Humanidade descobriu isto?!” que deu vontade de atravessar a linha e voltar para cidade that i come to love and cherish, Madrid.

Em conclusão, o dia valeu a pena. Viajar vale sempre a pena (nem que seja aos subúrbios de Madrid) e, ao contrário do que, certamente, seria o caso em Portugal (blasfémia mesmo), todos os monumentos são de entrada gratuita. It was quite a lovely day.

É O nosso Cristiano, minha gente! Da Madeira para o mundo! O orgulho de um encontro imediato com o número 7 da selecção nacional no Burger King de Alcalá de Henares!

2 comments:

Anonymous said...

O teu Babe já viu a badalhoquice que para aqui vai com o Don Quixote?... Aiiii!!!
Beijoca com muitas saudades!!! ****

Unknown said...

E eu a pensar que estavas em depressão profunda, sem sair de casa e sem ver a luz do dia com a nossa ausência...