Thursday, September 11, 2008

The Eagle Has Landed

Publicade ao Algarve, espalhada por algumas estações de metro de Madrid.

Depois do post da excitação inicial e do post da amargura sentimental, eis que brindo os meus três leitores e meio com o primeiro post da “rotina” que se segue e das peripécias dos primeiros tempos.

Como fazer Erasmus não seria Erasmus na sua essência verdadeira sem momentos de pânico, tive o meu logo no segundo dia que aqui cheguei. A casa inicialmente atribuída pela Universidade Complutense de Madrid não seria voluntariamente habitada pelos moradores dos mais distintos bairros sociais portugueses – tudo partido, podre, queimado, estragado e avisos oficiais, da universidade, afixados das paredes a pedir que se parem com as festas porque os vizinhos não param de reclamar (!). A este sinal do apocalipse não pude deixar de entrar em pânico - primeiro com o pensamento de morar ali um ano inteiro e depois com o pensamento de ficar a morar na rua se não ficasse ali. Como parece que o senhor responsável pelo alojamento engraçou comigo, prontamente me trocou de casa depois de um choradinho meu.

Agora vivo com 3 chicas:
Benedetta – Verona, Itália
Pauline – Paris, França
Sophie – Londres, Inglaterra

A conversação diária torna-se um pouco difícil porque a italiana e a francesa não dizem uma palavra de inglês e a inglesa recusa-se a falar inglês, adoptando o espanhol como língua materna (e quando não sabe o espanhol sai-lhe um “FUCK!”). A mim resta-me mesmo tentar gesticular algo em portunhol para que alguma ponte comunicativa seja estabelecida!

Faço uma pausa na escritura deste post para ir preparar um arroz de atum, confecção culinária que convictamente jurei, aqui em casa, ser um dos pratos mais tradicionais da maravilhosa comida portuguesa.

1 comment:

Señor Pato said...

Eso se llama "aprendizaje del idioma a hostias". Y es la forma más efectiva. Gracias a ese método, yo hablo bastante bien italiano, sin haber estudiado nunca...

¿Cuándo me presentas a las chicas? :P