Wednesday, September 10, 2008

Houston, We Have a Problem

Jardins de Sabatini, ao lado do Palácio Real

É difícil começar a escrever por algum princípio específico quando tudo são princípios, quando há um turbilhão de mudanças, sentimentos, e tudo o mais a gritar cá dentro. Apesar de toda a vontade que acumulo há anos para fazer isto, a verdade é que me faltou avaliar correctamente aquela que, agora, encaro como, provavelmente, a variável mais importante da equação – os sentimentos. Apesar de o negar muitas vezes, levei na última semana e, principalmente agora que estou verdadeiramente sozinha, uma chapada na cara da minha tão disfarçada Humanidade.

Não avaliei a dificuldade de abdicar daquilo que tinha e que julgava poder por em stand-by sem grandes problemas. Não julguei que fosse sentir tão fortemente a perda de algo. E é nestes momentos que os medos e angústias até então escondidos começam a ecoar mais alto do que a vontade e a determinação que me guiam. Serei capaz? E se perdermos o que ficou por algo que não valeu a pena?

Todos os Erasmus com quem falei disseram-me, invariavelmente, o mesmo “Se aguentas as duas primeiras semanas, aguentas o resto.”. Agarro-me, agora, a estas palavras como profecias dogmáticas. E para quem se pergunta em que dia destas duas semanas estou (ou se já o passei), respondo que escrevo estas palavras no primeiro dia (08/09/08) em que me encontro verdadeiramente sozinha em Madrid, on my own.

A ti agradeço a semana (os anos?) de apoio e tudo o mais. You twist to fit the mold that I am in (well, at least sometimes).

E a vocês agradeço estarem aí, dizerem-me que eu tenho braços abertos para onde voltar (I’m blinking an eye at you bongo sister).

Un beso a todos!

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