Sunday, May 3, 2009

An American Weekend in Rome

Mais uma amizade Erasmus, mais uma oportunidade de viajar! Depois de conhecer uma americana no aeroporto de Madrid à espera de um voo natalício a caminho de Lisboa, já nos encontramos em Lisboa, Madrid e agora Roma.

Coliseu, Roma

Uma pessoa sabe que chegou a Roma quando uma hora depois de aterrar em domínio territorial berlusconiano já está a comer pizza e gelado. E como eu comi pizza, pasta e gelado durante a minha estadia em Itália! Tutti belísimo! Assim, claramente se deduz que este foi o ponto alto da viagem e a conclusão que seria impossível, para mim, viver em tal paraíso gastronómico devido à constante voz da minha consciência – estranhamente similar à voz da minha mãe – a lembrar-me dos kilos a mais que cada bola de gelado ou fio de esparguete trazem consigo.

Fontana di Trevi, Roma

Em relação à cidade em si, devo dizer que não gostei muito. Roma é demasiado suja, demasiado abandonada, demasiado moribunda, demasiado Lisboa. É quase uma sensação surreal ver que as dezenas de ruínas romanas espalhadas por toda a cidade foram como que simplesmente escavadas e depois largadas à sua sorte. E por sorte entendemos não só os humores da Mãe Natureza como a parasítica obsessão de escrever o próprio nome com uma lata de tinta ou o facto de estas pedras com mais de dois mil anos servirem de poiso ao rabo de qualquer turista cansado.

Panteão, Roma

Mais uma vez, e não sei bem porquê, dei por mim a viajar com um enorme timing turístico – fui a Itália durante a Semana Cultural, o que significou que todos os monumentos e museus tinham entrada gratuita. E assim entrei a custo zero no Coliseu, nos Fóruns Romanos e Imperais, nos Museus de Florença e em bastantes mais coisas, o que, feliz e consequentemente, me fez ter dinheiro para mais pizzas, mais pasta e mais gelados!

Basílica de São Pedro, Vaticano

E como uma ida a Roma não teria sido suficiente, toca a apanhar o comboio das 6.35 da manhã de um domingo chuvoso e passar um dia na Toscana, mais concretamente, em Florença que é soberbamente encantadora. E deste daytrip o ponto alto foi mesmo ver o David de Michelangelo ao vivo. O senhor, que realmente é bastante guapo e imponente, deduzo que tenha o que hoje se chama de star quality. E tendo em conta que se mantém famoso à 500 anos, o dito é uma espécie de Madonna da arte, conseguindo sempre manter-se relevante no feroz mundo do showbiz das estátuas desnudas do Renascentismo.

Florença

David, Florença

Em suma, Abril foi, sem duvida, um mês em grande. Paris e Roma num espaço de duas semanas é algo que ainda estou a digerir (especialmente Paris, oh Paris…). Eu diria que agora deveria vir o descanso merecido mas o que é certo é que a faculdade espanhola e as obrigações da que ficou no Alto da Ajuda não me dão descanso e o máximo que posso fazer é comprar o guia turístico do próximo destino e ir planeando o mesmo durante as viagens de metro diárias. Que venha Berlim!

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